segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Minha história sem você


Sentei na mesa daquele bar vazio, digo, não totalmente vazio, sentado próximo a janela, um casal de velhinhos, que pareciam se amar de todas as formas, e principalmente no olhar. Peguei minha bolsa e comecei a revirar ela como quem procura um sentimento perdido. 



Peguei um cigarro, mesmo depois de um certo tempo sem fumar. Estava precisando. Chamei  o garçom e pedi a bebida mais forte que havia ali, talvez o amargo pudesse me fazer esquecer ou amenizar o que havia acontecido há minutos atrás. Mais um cigarro. E eu já me sentia “melhor”, nem parecia a pessoa nervosa de minutos atrás. Amenizei um problema e ressuscitei um vicio. Bebi toda a bebida que eu nem sequer havia me preocupado em saber o nome, em menos de cinco minutos. Paguei a conta e sai. Queria caminhar. Agradeci por não ter colocado nenhum salto alto. Caminhei, não sei por quanto tempo, nem por quantos quilômetros, nem sabia o por que, talvez estivesse tentando achar a solução do meu problema. Ou então, tentando deixar em alguma esquina todo o sentimento que guardava no meu peito. Parei, resolvi sentar em um banco e descansar, talvez pensar e organizar meus pensamentos e sentimentos.
Fui para casa, deixei os sapatos jogados na porta e fui olhar a secretária eletrônica, 5 mensagens, 3 suas, nem fiz questão de ouvir, deletei. Deletei, como se estivesse deletando o sentimento que criei nesse tempo todo. Um banho, mil e dois pensamentos, muitos litros de água caindo, uma alma lavada. Me olhei no espelho e vi que era a hora de parar de remoer e perdoar sempre, viver relevando o seu erro e seguir a minha vida, que dali em diante, não importa o que você faça, não vai me abalar. Que não importa o que você diga, isso não vai me afetar. Que eu tenho que seguir a minha vida e ir em busca da minha felicidade. Fui pra minha cama e decidi que dali em diante construiria uma nova história. Uma história sem você.


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